Realização: A Casa Frida & Confraria das Lagartixas
"Um Menino nasceu, o mundo tornou a começar"
Este projeto foi concebido em parceria pela Confraria das Lagartixas e o Grupo A Casa Frida. Acompanhe nossa playlist no YouTube com os encontros anteriores.
Recomendamos que a leitura NÃO seja feita pelo PDF que enviamos. Não há nada melhor que ter um livro físico nas mãos e, seguindo os caminhos de Guimarães, ter um bloco de anotações com um lápis para deixar guardado partes importantes dessa travessia.
Recomendamos a edição de bolso da Companhia das Letras (pelo valor acessível, ou adquirida através da cesta temática criada especialmente para este evento - maiores informações no site padocafilosofica.com.br/cestasartesanais ), vamos nos enveredar ...
Parágrafo de início:
"Realmente, então eu virei para ele. E, daí, deveras foi afôito que eu quis com ele outras conversas, e prezei a amizade daquele homem dos sertões transatos. O quanto fiz perguntas. Aceitei o chá de laranjeira, com que sempre dei bem, numa tigela grande, com capricho desenhada. Minha gente junto comigo escutava.”
Parágrafo final:
"Ao que, por isso, não tardamos; não tivessem a primeira notícia da gente. Não se tomou nem um dia de fôlego. A trote e a chouto, vencemos uma grande noite - e demos lá, no luluzir d'alva. Abarcamos as condições do lugar, em cerco, entendidos uns com uns, por meio de avisos: que eram canto de acauã e assovio de macaco. Porque sempre eles deviam de ter alguns curimbabas na defesa: capangas e carabinas. Daí, só se esperou o listrar da primeira barra e a ponta da manhã estremecente. Segundo nosso uso. Demos fogo."
Livro de Bolso Grande Sertão: Veredas - da página 405 até 455.
Edição Normal Companhia das Letras Grande Sertão: Veredas: - da página 329 até a página 369.
As demais edições deverão ser lidas até a diagramação final do PDF do material de apoio.
Baixe o PDF clicando no ícone abaixo.
Os encontros vão acontecer toda última quinta-feira do mês, das 19:30 às 21:00 hs, por dez meses consecutivos. O material de apoio vai ser enviado por e-mail nos dias subsequentes das cirandas. A cada encontro, DEVERÁ SER FEITO UMA NOVA INSCRIÇÃO para que possamos enviar o link. Qualquer dúvida, estamos à disposição para maiores informações.
ENCONTRO 08 de 10: 28/04/22 - 19h30 às 21h00
Na sua casa através do aplicativo Zoom (Play Store) (Apple Store)
As inscrições devem ser feitas no link abaixo:
MATERIAL DE APOIO - Encontro 8 (28/04)
Quando assume a chefia, Riobaldo se esbarra numa encruzilhada:
Sua travessia é governada por quem? Deus ou o Diabo?
Ao frear seus instintos primários, se depara com sua sombra interior.
Por inúmeras vezes, leva a mão ao coldre e quase ultrapassa a linha entre o bem e o mal, para provar que detém o poder de vida e morte.
Diversas vezes, se diz tentado pelo diabo, lendo seus sinais nas entrelinhas de sua travessia.
A vida passa a ser uma roleta russa em suas mãos. Age por instinto, não por estratagemas como fazia Zé Bebelo. Tenta a todo custo, se posicionar e manter sua palavra, mas se perde em seus pensamentos, se arrepende e volta atrás de suas próprias deliberações.
Não banca ser aquilo que não é.
É um homem dividido entre dois amores:
Diadorim e Otacília - a Natureza e a Graça.
Qual caminho seguir?
Texto: Cláudia Belintani
Acompanhamos Riobaldo agora consolidado na sua função de líder como Tatarana, Urutú-Branco, na busca pelo bando dos Hermógenes.
Cada vez mais aflito convivendo com seu amor não declarado por Diadorim, Riobaldo já senhor, retoma seu passado, "memórias que não dão fundamento". O passado que se funde no presente, nesse sertão "que vem e volta". Nessa travessia perigosa que é a vida.
Percorremos pela Serra do Tatú, a Serra dos Confins, a Serra do Meio em direção ao Liso do Sussuarão.
"Desde a publicação de Grande Sertão: Veredas, em 1956, a existência do Liso do Sussuarão, importante no romance por ter sido o local mais difícil na travessia do bando de Riobaldo, sempre foi motivo de polêmica entre estudiosos...."
Leia o texto na íntegra clicando no botão abaixo.
Teria feito de fato um pacto com o Demo? O que seria ele? Como governar o sertão? Como controlar o próprio desejo? Existe uma receita certa para se viver?
"Assim atravessamos" mais um caminho sinuoso do grande e enigmático livro de Guimarães Rosa, caminhando para o fim dos começos…
Texto: Carla Belintani
Participe! Realize sua leitura prévia e venha debater conosco.
Playlist interativa para acompanhar as leituras:
Os participantes da playlist podem adicionar músicas relacionadas.
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