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[Encontro 6] - 24/02/22 - Ciranda de Leitura Online - Grande Sertão: Veredas

Atualizado: 16 de abr. de 2022




Realização: A Casa Frida & Confraria das Lagartixas



Este projeto foi concebido em parceria pela Confraria das Lagartixas e o Grupo A Casa Frida.


Recomendamos que a leitura NÃO seja feita pelo PDF que enviamos. Não há nada melhor que ter um livro físico nas mãos e, seguindo os caminhos de Guimarães, ter um bloco de anotações com um lápis para deixar guardado partes importantes dessa travessia.


Recomendamos a edição de bolso da Companhia das Letras (pelo valor acessível, ou adquirida através da cesta temática criada especialmente para este evento - maiores informações no site padocafilosofica.com.br/cestasartesanais ), vamos nos enveredar ...



Livro de Bolso Grande Sertão: Veredas - da página 289 até 356.

Até a frase - “Uma encruzilhada, e pois! - o senhor vá guardando… Aí mire e veja: as Veredas Mortas… Ali eu tive limite certo.”



Edição Normal Companhia das Letras Grande Sertão: Veredas: da página 235 até a página 289.


As demais edições deverão ser lidas até a diagramação final do PDF do material de apoio.




Os encontros vão acontecer toda última quinta-feira do mês, das 19:30 às 21:00 hs, por dez meses consecutivos. O material de apoio vai ser enviado por e-mail nos dias subsequentes das cirandas. A cada encontro, DEVERÁ SER FEITO UMA NOVA INSCRIÇÃO para que possamos enviar o link. Qualquer dúvida, estamos à disposição para maiores informações.


MATERIAL DE APOIO - Encontro 6 (24/02)


Cavalos - Carybé (Hector Julio Páride Bernabó) (1911 - 1997)


Após a morte de Joca Ramiro, Zé Bebelo retorna e assume a chefia de Marcelino Pampa, liderando o bando. Riobaldo a princípio comemora, mas no decorrer dos acontecimentos começa a desconfiar e contestar a liderança de Zé Bebelo. Numa emboscada dos Judas, há a carnificina dos cavalos liderada pelo bando de Hermógenes. Ninguém sai imune - há uma transformação que dizima a todos, principalmente Riobaldo que entra em franca metamorfose.




Seguimos na busca pelo bando dos Hermógenes liderado por Zé Bebelo. No meio do tiroteio, Riobaldo é chamado para escrever uma carta a mando de José Rebêlo Adro Antunes, cidadão e candidato ao governo, solicitando reforço aos soldados. Riobaldo diz: "escrever, numa hora daquelas? (...) obedecer é mais fácil do que entender. (...) Ah, o que eu não entendo, isso é capaz de me matar…" Aquilo seria traição? Seguimos acompanhando a transformação de Riobaldo tomando atitude de líder, encarando o chefe, discordando, "uma decisão firme e coragem precisada o transformava''. "A gente sabe mais, de um homem, é o que ele esconde."


E no meio da guerra surge uma borboleta vistosa que veio voando, "antes entrada janelas a dentro, quando junto com as balas, que o couro de boi levantavam; assim repicava o espairar, o voo de reverências, não achasse o que achasse - era uma borboleta dessas de cor azul - esverdeada, afora as pintas, e de asas de andor. - 'Ara, viva, maria boa-sorte!' - o Jiribibe gritou. Alto ela entendesse. Ela era quase a paz."


Em seguida nos deparamos com uma das partes mais tristes da história, a morte dos cavalos! Os animaizinhos sofriam com urgência sem entender a dor que sentiam.

"Que Deus existe, sim, devagarinho, depressa. Ele existe - mas quase só por intermédio da ação das pessoas: de bons e maus. Coisas imensas no mundo. O grande-sertão é a forte arma. Deus é gatilho?"


Então o mundo era muita doideira e pouca razão? De perto, a doideira não se figurava transcrita. Em um tempo em que "não se sabia pensar com poder - por isso matava."

Enquanto o dia envelhecia, acompanhamos Riobaldo na busca por pertencimento, "minha terra era longe dali, no restante do mundo. O sertão é sem lugar." Se prepara para assumir a chefia e comandar, ao mesmo tempo em que não se reconhecia como jagunço. "Eu não era jagunço completo, estava ali no meio executando um erro."


O amor que sente por Diadorim permanece cada vez mais forte. "Minha mão, por si, pegou a mão de Diadorim, eu nem virei a cara, aquela mão é que merecia todo entendimento.(...) Amor é a gente querer achar o que é da gente." Sentia medo diante de tanta coragem de Diadorim. "O que o medo é: um produzido dentro da gente, um depositado; e que às horas se mexe, sacoleja, a gente pensa que é por causas: por isto ou aquilo, coisas que só estão é fornecendo espelho. A vida é para esse sarro de medo se destruir; jagunço sabe. Outros contam de outra maneira."


Entrega a pedra de safira que trouxe do Arassuí e entrega a Diadorim como presente. É devolvida por ele e solicita que o entregue quando acabar de cumprir a vingança da morte de Joca Ramiro. Riobaldo o convida para ir embora com ele da jagunçagem e se depara com sua fúria diante de tal convite e diz para entregar a pedra para Otacília. "Diadorim escolhia era o ódio. Por isso era que eu gostava dele em paz?" (...) "A gente só sabe bem aquilo que não entende."


Seguem o percurso a procura do bando traidor e é quando caminham na direção do Chapadão do Urucuía que chega a hora de contar coisas muito estranhas. "Sertão o senhor querendo procurar, nunca não encontra. De repente, por si, quando a gente não espera, o sertão vem." Se deparam com o medo da morte, calor, doença e a peste de bexiga preta. "Carece de ter coragem… Carece de ter muita coragem…"


"Aquela travessia durou só um instantezinho enorme."


Participe conosco do 6º encontro da ciranda de leitura sobre a obra "Grande Sertão: Veredas". Recomendamos a leitura prévia para o encontro.


Playlist interativa para acompanhar as leituras:

Os participantes da playlist podem adicionar músicas relacionadas.




Calendário 2022 - Guimarães Rosa"Grande Sertão: Veredas"



 

ENCONTRO 06 de 10: 24/02/22 - 19h30 às 21h00

Na sua casa através do aplicativo Zoom (Play Store) (Apple Store)


As inscrições devem ser feitas no link abaixo:








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